segunda-feira, 26 de julho de 2010

PRÉ-ÁRIAS. INTERROMANOS. (ESGRIMAR, ALFREDO) - RELEITURA

By Blog A Releitura.

Ante ao disposto, saltemos ao ante-percurso.
O ante-percurso é o matraquear na jornada.
Não é uma trilha.
Não é um caminho.
É uma experiência de sentir o indo enquanto a realização é ir.
Nunca anti.
Nunca!
Tão nunca quanto ao ser “nada impossível” admitirmos que o “nada é possivel”.
Trancos, muitas vezes.
Saltos frequentes.
Fluxo o quanto possível.
Represas e alagamentos indevidos.
Dissoluções tantas quanto for perceptível o desvio e suas exigências de compensações.
Análises quando as problemáticas se estabelecerem, para desinscrevê-las e indeterminá-las.
Cortar e recortar.
Ante-estabelecer.
Instabilizar.
Percurso tectônico.
Repensar os termos diferindo de seu uso comum e mesmo de sua naturalidade.
A análise não é morfológica.
Não interessam as composições e os orgãos.
Não se deseja um organismo.
A etmologia dissolvida, nem sublimada nem descartada.
Etimologia preservada em um dentro de si, apenas para se-la e não para determinar o que será.
Indeterminar.
Incertezas.
Legitimidade.
A Polis nascida da política.
A raça nascida do racismo.
Façamos órfãos.
Pensemos órfãos.
Escapemos da genealogia.
Deixemos a maternidade à mãe Idéia.
Idealismo monista.
Are one.
Sem os pró-nomes
Sem sujeitos ou sujeitados..
Objetivos apenas como a medida enfraquecida da ressonância do fenomeno desejado pelo observador, com o desejo cósmico da consciência plena.
Política, como a forma de dizer das apropriações.
Apropriações públicas construindo as propriedades privadas.
Propriedades privadas concedendo status.
Status quo!
Estado.
Proprietários tiranos de seus territórios e oradores de suas conveniências.
Estar diferindo do ser.
Estado diferindo do sendo.
Não sido: vir a ser.
Maior diferença.
Devir.
Antes, ante ao disposto, não este, mas um qualquer ante-percurso.
E não um Tratado de Nomadologia, que já é.
Um nomadismo da tratadologia, que há.
É isso.
Aliás, ser outro.
Um qualquer.
Um.
(continua, eu acho)

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Oceano

Não adianta içar velas num oceano sem vento
esse seu pequeno barco não vai a lugar algum
nesse oceano de imutabilidade onde tudo é duração
nada se rompe, nada nunca muda.

A água calma é como um espelho
que você nunca olha por medo de se ver
ao invés só olha para o céu e sonha
sonha em ser,
sonha em ver,
sonha em crer em algo diferente.

Crer que o vento da mudança se aproxima
sonha em ir para longe
longe do oceano onde tudo é o que é,
mas nada é o que deveria ser.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Em estado Uterino

Em estado uterino, em transe abduzido, não quero pensar, falar, questionar, criticar nada, em estado subversivo uterino pela máquina do capital que me aprisiona, que me engessa.

Apenas programada para fazer, executar, o fazer acontecer passa a ser um ponto positivo, e dessa maneira o vento sopra a meu favor, assim como meu cérebro é tomado por toda essa máquina, e o 1989 se repete como algo nunca esquecido. Todos os intelectuais que não foram lidos e você acha que entende estavam certos, não consigo me desvencilhar desse ranço e, hipócrita maior ainda é quem analisa e não enxerga que se encontra mais dentro da máquina do que qualquer outra pessoa!

Seu discursinho não me convence, não vou acordar, você faz parte dessa discórdia tanto quanto eles, você é podre tanto quanto eles, participa de produções subjetivas mas não produz o amanhã! Só fica refletindo e não me apresenta soluções, se indigna pela minha fala, mas fale melhor então, você é bancado pelo governo pela sua produção, então faça melhor, seja melhor, não se alie, se desvencilhe, não seja manipulado pelo meu dinheiro.

Não quero acordar, não vou acordar enquanto essa podridão estiver à solta, fico no meu oráculo, se não... Caio fora!

Ouvindo um blues para relaxar!
19/06