domingo, 15 de junho de 2008

Caieiras: Grandioso LIXÃO

Caieiras é um município que fica a 23 km de São Paulo, na região metropolitana. Possui uma população de aproximadamente 81.126 habitantes, isso no ano de 2003 segundo dados do IBGE, hoje, de acordo com os rumores de moradores da cidade, estima-se que esteja em quase 100.000 habitantes, e possui também o maior LIXÃO DA AMÉRICA LATINA, isso mesmo pasme, Caieiras é e está sendo cada vez mais conhecida pela grandiosidade do LIXÃO, são despejados por dia em média de 7 mil toneladas, ou seja, todo o lixo da cidade de São Paulo e região vai para o município.
O mais estranho nessa história é que quando várias cidades do entorno recusaram o lixão, a Prefeitura Municipal de Caieiras abrigou-o com todo carinho, não tendo a mínima consideração com os moradores da cidade, principalmente os que moram ao em torno, no Jardim Marcelino. Os moradores do bairro convivem com o mau cheiro, barulho dos caminhões que todos os dias descarregam toneladas de lixo e são obrigados a verem suas propriedades desvalorizando por conta do ACEITE INGNORANTE, SEM PLANEJAMENTO E NEFASTO da Prefeitura Municipal e da Secretaria de Meio Ambiente, que não teve a capacidade de pensar nas conseqüências que o LIXÃO trará para a cidade.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Quem te viu, quem te vê Marcelo D2!!!

Na primeira semana de junho a propaganda que mais passava na televisão em São Paulo era a do cantor Marcelo D2 com uma modelo fazendo a propaganda do “Dream Fashion Tour”, assustei porque até então a única coisa que me soava familiar era o “Tour” – pela minha formação em Turismo!rs.


O fato é, achei muitooo estranho o cantor participar do evento e não contente ainda fazer a propaganda! Vamos e convenhamos, parece que no vídeo o D2 estava bem desconfortável!



E como se não bastasse, além do D2 a banda NX Zero – essa não me admira - e a banda de rock Capital Inicial fizeram parte da apresentação! (Dinho, até tu brutos?!)



O Evento já passou por nove cidades brasileiras antes de chegar a Sampa e o Marcelo D2 estava presente em todas!



Pois é... Quem te viu, quem te vê hein D2, de “até a última ponta” às “passarelas da moda” há um grande salto! Não há nada de mal em participar de tais tipos de eventos, mas o fato é que a credibilidade do artista fica um tanto quanto “afetada”, pois o D2 que conhecíamos antes, aquele... que não falhem a memória... nos tempos do Planet Hemp, não é o mesmo de hoje! O que a grana não faz?!rs
Foto by Roberto Sena.

Dia dos namorados e comércio também!

É incrível como meu amor é meu mundo, minha vida...
Cada gesto, sorriso, pranto, lágrima, cada instante e você longe são momentos tortuosos! Mas a cada instante e você por perto é infinito, sublime!
Obrigada por estar do meu lado nesses cinco anos!
Te amo!

Pena que o comércio não perdoa nada!!!hauhauhau!!!
E até o amor é “vendido” tudo para simbolizar o casal de namorados!
Mas quem não se derrete ao receber chocolates, flores ou elementos que simbolizam esse dia?!rs

Sou desterritorializada ou multiterritorializada?

Quando me perguntam de onde sou, já nem sei mais o que responder, mudei tantas vezes de lugares, que meu sentido de LUGAR se remete apenas ao local de nascimento, Andradina, interior de São Paulo, e quando vou a cidade visitar meus familiares e amigos, não encontro mais ninguém da minha infância e adolescência, ou quando encontro alguém as conversas se limitam à vida pessoal de cada um e fim... Na verdade me sinto deslocada e aquelas férias que eram para serem de uns vinte dias ou quase um mês, passam a uma semana ou no máximo dez dias.
Nos meus 14/15 anos mudei para Jundiaí-SP, fui morar com minha mãe, pois até então estava morando com minha avó (minha mãe havia se mudado a procura de emprego), morei apenas um ano, essa fase foi maravilhosa, fiz novas amizades, apesar da dor no coração em deixar os velhos amigos em Andradina, mas foi uma coisa totalmente nova, uma dela era o simples ato dos meus novos amigos irem a minha casa! Coisa que antes não acontecia, por morar “longe” de todos, isso na minha opinião se chama preguiça, mas tudo bem!rs.
Depois de um ano, retornei para Andradina com o pretexto de uma bolsa de estudos num curso técnico que havia ganhado. Estudei, terminei o curso e naquele momento era hora e de me preparar para uma faculdade, pública de preferência, porque do contrário não tinha condições de pagar. Neste momento minha mãe estava morando (e está) em Caieiras-SP, região metropolitana de São Paulo capital, mas já emancipada!rs Passei um mês aqui sufocada e perdida, tentando arrumar um emprego para poder estudar, foi quando minha tia de Jundiaí convidou-me para ficar um tempo em sua casa para fazer um cursinho pré-vestibular gratuito. Fui , arrumei um emprego e estudava para o vestibular, foi uma fase do “tudo ou nada”, acho que pela ansiedade de ser jovem! Prestei vários vestibulares e passei na Universidade Federal de Mato grosso do Sul-UFMS, campus de Aquidauana, novamente iria a Fernanda se mudar! Aprendi muitas coisas morando em outro Estado, uma delas é o que é ser um paulista e perceber minha cultura, coisa que passa despercebido aos olhos de quem mora no estado de São Paulo, o fato é que hoje vejo as coisas com outros olhos!
Fim da graduação, vim passar um tempo com a minha mãe em Caieiras e fazer umas disciplinas como aluna especial num mestrado em São Paulo, já quase término das disciplinas, junho/2008, irei morar em Campo Grande-MS, onde tenho um verdadeiro amor, Marcio Kazuo, que no meio dessa história toda já foi morar até no Japão e eu aqui no Brasil (essa é um outra longa história!). Irei trabalhar na minha área, Turismo, mas não se engane o fato do meu descompromisso com algum território com minha profissão! Nesse meio tempo quase fui para o Pantanal trabalhar!rs
O fato é que, dependendo de onde estiver, do meu humor e rumor, escreverei sobre diversos lugares e olhares, a questão é, será que sou desterritorializada ou multiterritorializada, segundo os conceitos da geografia? Preciso me aprofundar melhor sobre tais conceitos!rs
Uma amiga minha de Andradina disse que sou cigana! E ainda há lugares na minha infância que morei e não me lembro, como em Tupi Paulista-SP, segundo relatos da minha mãe e outros que lembro sucintamente e faço questão de esquecer, como em São Paulo-SP, na Vila Nova Cachoeirinha, Zona Norte.
O território brasileiro é extremamente extenso e diverso, parece que o deslocamento está muito arraigado no povo brasileiro, a migração em busca de novas e melhores oportunidades na vida. E se tratando do meu sentimento de pertence a um determinado lugar, não se restringe a apenas um local, parece que mantenho uma identidade com cada um dos lugares que morei, seja bom ou ruim – mas nunca esquecendo as minhas raízes, da maneira que fui criada - é uma identificação da sua vida, uma característica peculiar que aconteceu com você ali, naquele determinado momento, que só você sabe dizer, é a sua sensação, sua percepção.
Termino aqui com um trecho do texto do Carlos Vainer “Reflexões sobre o poder de mobilizar e imobilizar na contemporaneidade” in Póvoa Neto, Helion (org.), Cruzando Fronteiras Disciplinares: um panorama dos estudos migratórios, Rio de Janeiro: Revan, 2005 pp.251 – 274. “[...] o mundo desterritorializado e sem fronteiras de uns é o mundo territorializado e murado de outros”.(pp.273)