segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Cordel adolescente, ó xente!



Sou mocinha nordestina,

Meu nome é Doralice,

tenho treze anos de idade,
conto e reconto e que disse,
pois me chamo Doralice,
sou quem vende meu cordel
nas feiras lindas de longe
onde a poesia se esconde
nas sombras do meu chapéu!

Eu falo tudo rimado
no adoçado da palavra
do Nordeste feiticeiro;
no meu jeito brasileiro,
aqui vim dizer e digo
que escrevo muito livro
que penduro num cordel,
todo fato acontecido
eu coloco num papel!

Vim pra feira, noutro dia,
armei a minha poesia
num cordel de horizonte.
Quem passava no defronte
daquilo que eu vendia,
parava e me escutava,
pois sou mocinha falante,
declamava o que escrevia!

Contei de uma garota
que amava um cangaceiro,
era um tal cabra da peste,
um valentão do Nordeste
que montava a Ventania,
trazia susto e coragem
por cada canto que ia!
Virge Maria!

O nome da tal mocinha?
Não digo... é um segredo,
escrevo o que não devo,
invento, pois tenho medo
de contar que a tal menina
era... toda fantasia!
(...)

Sylvia Orthof. Cordel adolescente, ó xente!. São Paulo, Quinteto, 1996.


domingo, 13 de dezembro de 2009

A nova fase de Mano Brown: Submissão ao “sistema viciado”?

10/12/2009 – Trecho do colunista Mauricio Stycer

A confirmação, nesta quinta-feira, de que Mano Brown sairá na capa da próxima “Rolling Stone” é a notícia do dia no meio musical brasileiro. Famoso pela aversão à mídia tradicional, que ele sempre enxergou como inimiga, o líder dos Racionais vive uma nova fase, como ele mesmo diz à revista, em frase destacada pela coluna de Mônica Bergamo, na “Folha”: “Não posso ser refém de nada. Nem do rap. Aquele Mano Brown virou sistema viciado”.

Pergunta ao Mano Brown, durante entrevista ao programa “Roda Viva”, da TV Cultura em 2007: Você conseguiu Brown, fazer uma revolução interna no seu jeito de ser, de pensar? Você conseguiu lutar contra os seus, suas próprias contradições, seus próprios medos? Você consegue isso hoje?

Resposta: Na verdade, as contradições só acabam quando morre, né? Tipo, eu era um cara, hoje eu estou de Nike no pé, mas eu já xinguei a Nike muito por aí. Entendeu? Mas eu descobri também que a Adidas não me dá nada se ficar falando mal da Nike. Eu derrubo um e levanto a outra. A Adidas é dos alemães, não são nada. Estou de Nike, o KL Jay não usa Nike, vai ver o Nike que o Blue tá no pé? Entendeu? É contradição, Racionais é isso, é quatro caras, quatro mentes, quatro idéias, entendeu, meu? Eu sou o mais confuso dos quatro sou eu mesmo.

...

Pois bem...

Resolvi publicar ao sobre o Mano Brown depois que o marido da minha mãe chega em casa, todo indignado e desconsolado. É Mano Brown parece que se submeteu ao “sistema viciado” que tanto criticava. Mas ao invés de apedrejá-lo por que não paramos e refletimos um pouco?

Será que você não faria o mesmo?

Quando estamos do lado de fora é mais fácil opinar. Parece que Mano Brown, depois de quase 20 anos com o grupo Racionais se cansou de “lutar contra a maré” e se rendeu ou se incorporou a um processo inerente aos dias de hoje; a “globalização”, com o uso de marcas importadas. O CAPETALISMO dito pelo nosso querido Gentileza, corrompe os homens, decepcionados estamos, porém julgá-lo é ser tão hipócrita quanto o próprio sistema. Estou falando alguma inverdade?

E você o que acha?

sábado, 12 de dezembro de 2009

Esta é a Prova que Mulher não guarda Rancor!!!

Após um longo período, a mulher morre e chega aos portões do Céu.
Enquanto aguardava São Pedro, ela espiou pelas grades e viu seus pais,
amigos e todos que haviam partido antes dela, sentados a mesa,
apreciando um maravilhoso banquete.

Quando São Pedro chegou, ela comentou:
- Que lugar lindo! Como faço para entrar?
- Eu vou falar uma palavra. Se você soletrá-la corretamente na primeira
vez você entra; se errar vai direto para o inferno.
- Ok. Qual é a palavra?

- AMOR, respondeu São Pedro.
- A - M - O - R
Ela soletrou perfeitamente e de primeira.
Passou pelos portões.

Cerca de um ano depois, São Pedro pediu que ela vigiasse os portões
aquele dia. Para surpresa dela, o marido apareceu.
- Oi! Que surpresa! - disse ela. Como você esta?
- Ah, eu tenho estado muito bem desde que você morreu...
Casei-me com aquela bela enfermeira que cuidou de você,
recebi seu seguro de vida e fiquei milionário.
Vendi a casa onde vivemos e comprei uma mansão.
Eu e minha linda esposa viajamos por todo o mundo.
Estávamos de férias e eu fui esquiar hoje.
Caí, o esqui bateu na minha cabeça e aqui estou eu.
E agora, como faço para entrar, querida?
- Bem, aqui tem uma regra pra entrar:
Eu vou falar uma palavra.
Se você soletrá-la corretamente na primeira vez, você entra,
senão vai para o inferno.

- Qual é a palavra?

- 'ARNOLD SCHWARZENEGGER'....

ERA DIGITAL...














Não posso ser Kassab, mas posso ser KemSab!

KemSab um dia poderemos andar por São Paulo sem medo da chuva nos deixar no meio do caminho;

KemSabe um dia posso esquecer que, o governo de Kassab definiu como temos que usar o bilhete único e, diminuiu seu tempo de integração;

KemSab um dia posso esquecer que, quando foi construída a ponte “Estaiada” a prefeitura na época ofereceu míseros R$ 5.000,00 a R$ 8.000,00 para moradores dos barracos em torno do futuro símbolo de São Paulo;

KemSab um dia poderemos esquecer que o número de trabalhadores que limpam a cidade de São Paulo foram reduzidos para “corte de gastos”;

KemSab um dia poderemos engolir a justificativa equivocada do Kassab de que o aumento do IPTU na cidade de São Paulo é devido a supervalorização dos imóveis por conta dos investimentos públicos, portanto, deve pagar mais imposto;

KemSab um dia o governo atual, aristocrata, possa olha para nós, pobres, e fazer algo;

KemSab essa listinha não pode parar por aqui? Afinal o Kassab não parará de intervir na população no sentido de piora.